Sabe de nada inocente !

Sabe de nada, inocente!!! 

Opa!!! Olá, Turma do bem!!!

Nos últimos 35 anos, iniciou-se uma maneira bem peculiar de aparelhamento do estado, especialmente, no poder judiciário. Logo, na sequência, verifica-se o advento da Constituição Federal de 1988 que concentrou, ainda muito mais, o acesso aos cargos públicos, concentrando o poder dentro do próprio poder em uma espécie de peneira em que: quem entrou, entrou, quem não entrou, só entra se pensar como nós.

Como se deu isso? Em resumo; parte do acesso ocorreu e ocorre via Entidade Fiscalizadora da Profissão de Advogado – OAB muitos aguardam sua vez, nos corredores da Ordem, há décadas, em uma espécie de fila, Membros do Judiciário e, também, do ministério público (chamado quinto constitucional) seguem o mesmo caminho, logo, os indicados, em listas específicas (há outros meios de acesso – mas com extremo controle). Todo o resto, ingressa, via “concursos públicos”.

Há também, um sistema complexo e delicado de acesso a outros cargos de máxima relevância e grande poder, em razão de seu relevante papel no controle de atos administrativos, contas públicas, contratações, licitações, obras, julgamentos de autuações fiscais, concessões de aposentadoria e inúmeras outras, que passam totalmente desapercebidos pela sociedade, como é o caso dos Tribunais de Contas, Conselhos de Classe Federais e Regionais, Conselhos de Recursos Administrativos e diversos outros, contudo, deixemos esses para momento mais oportuno e adequado.

Voltando ao foco, em regra, a Constituição Federal, no artigo 37º, inciso II, diz, que a investidura em cargo ou emprego público, depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração

Como dito, são dezenas de anos, municiando os poderes, via concurso público, esses, em sua maioria, possuem várias fases, a primeira; prova objetiva, a segunda e terceira, provas subjetivas, nas quais, o candidato é submetido a um verdadeiro corredor ideológico. Desta forma, se, por algum acaso, esse candidato, escapar ao crivo das fases, se depara com a última, tradicionalmente conhecida como fase oral, ou seja, o candidato será bombardeado com variadas questões que irão expor, às bancas examinadoras, a sua tendência de pensamento.

É necessário detalhar, como é composta, a banca examinadora?

Pensamos que não, mas, por via das dúvidas, o candidato estará frente a frente com uma plêiade de pensadores, na qual, ao menor sinal de contrariedade às suas verdades inquestionáveis por meros e insignificantes candidatos, será, elegantemente, reprovado.

Dessarte, durante décadas, poucos conseguiram escapar a essa peneira legal.

Assim, é muito provável, que nos dias atuais, os que restaram fora do sistema, devem estar se sentindo injustiçados, sozinhos, desamparados e excluídos, talvez por isso, desanimados e sem esperança no Brasil.

Vou te contar um segredo!!! Vocês fazem parte de uma incomensurável massa, um verdadeiro exercito de dezenas de milhões de brasileiros, que estão se sentindo assim. Receosos, sem esperança, perseguidos, sem motivação, desunidos, separados, vigiados, reprimidos e impotentes. E é exatamente assim, que, os donos do poder, querem que você se sinta: sozinho, impotente e com medo.

Para isso, é necessário que haja ódio entre negros e brancos, héteros, homo e bissexuais, jovens e idosos, empregados e empregadores, índios e pardos, brancos, negros, quilombolas, policiais e cidadãos, evangélicos, católicos, espíritas, umbandistas, sulistas, nordestinos, ricos, pobres.

Quanto mais dividir e odiar, melhor para os interesses escusos que rondam o Brasil a séculos, assim, continuando, devem haver desavenças entre fazendeiros e trabalhadores braçais, que haja excluídos, pedintes, que não haja água onde é essencial, altíssimas taxas e juros, tributação excessiva, corrupção, desentendimentos sociais, escolas ruins, péssimo sistema de saúde, insegurança pública, privilégios, desigualdades, domínio da imprensa, moeda fraca, juventude sem formação, rebeldes sem causa, que não haja confiança no judiciário, que o legislativo seja inoperante, que o executivo seja ineficiente, que todos os poderes estejam corrompidos, que haja muito desemprego e, sobretudo, que as mulheres, passem a odiar os homens e vice-versa (assim, não há chances para a formação de famílias e se houver, que os filhos sejam desajustados e não respeitem os pais) pessoas inservíveis e um sem número de outros problemas socioculturais.

A cereja do bolo é, sem dúvida, o método que cala, amordaça, submete, humilha e silencia os operadores do direito (advogados, advogadas e membros do ministério público) que, não dão um pio, sequer, mesmo sabendo que o próximo a ser escarnecido será ele próprio.

Com um quadro desses, fica muito fácil (muito fácil mesmo) o ingresso de governos estranhos aos brasileiros (já estão aí, também, há décadas) e surrupiaram grande parte das riquezas da nação, alegando, por exemplo, que os nativos, isso mesmo, nativos (brasileiros) não conseguem, sequer, cuidar da Amazônia e, por isso, ela deveria ser internacionalizada. Um discurso desses deve receber, de imediato, o repúdio brasileiro no sentido de que da nossa casa cuidemos nós.

Detalhe: ao tomarem tudo, os primeiros a irem ao paredão, conscientes ou não da forma que foram usados e abusados, são, exatamente, aqueles que levantaram as bandeiras da divisão.

Nesses momentos, vão dizer: olha aqui eu sou autoridade, sou “operador dos direitos humanos” eu sou defensor dos indígenas, eu defendo as mulheres, negros e minoriais, eu defendo o meio ambiente, veja o meu distintivo, eu sou a favor disso ou eu sou a favor daquilo ……. contudo, antes de serem silenciados, vão ouvir, com um belíssimo sotaque:

Sabe de nada inocente!!!! 

Salmen Ghazale

    Advogado

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